Os filmes das cineastas, Adriana Botelho e Bárbara Matias Kariri, foram premiados na primeira edição do Festival Ceará Voador, voltada para o cinema, que foi encerrada na noite do último sábado (10), em Fortaleza.
Adriana Botelho, do Cariri, recebeu o Troféu Homenagem com o longa “Todas as Vidas de Telma”.
Adriana Botelho atua desde 2007 com cinema documentário e curadoria de artes visuais. É professora de história da arte no curso de Design na Universidade Federal do Cariri – UFCA. Tem formação no Instituto Dragão do Mar, na Casa Amarela Eusélio Oliveira, na Escola Porto Iracema das Artes e na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. É graduada em História pela Universidade Estadual do Ceará, fez mestrado em Artes na EBA-UFRJ e doutorado em Artes na Universidade de Lisboa.

No longa “Todas as Vidas de Telma”, Ana vive em Lisboa e passa por uma crise profissional e afetiva. Nesse momento, é chamada para ir ao município do Crato, para resolver um inventário familiar com a morte da tia-avó, Telma Saraiva. Lá, descobre o acervo fotográfico de Telma e suas técnicas inovadoras de foto-pintura. As mulheres retratadas na obra provocam uma epifania em Ana, que decide mudar sua vida totalmente.
O curta-metragem “Faísca”, de Barbara Matias Kariri, também da região sul do Estado, recebeu Troféu Homenagem e o Prêmio Atelier Rural, duas distinções entre os 15 curtas participantes da mostra competitiva do evento.

Barbara Matias Kariri nasceu na comunidade do Marreco, Quitaiús, Lavras da Mangabeira. Vive entre a comunidade e a cidade de Crato, Ceará. Transita entre as artes da cena, audiovisual e escrita. É licenciada em Teatro pela Universidade Regional do Cariri – URCA, mestra em Teatro pela Universidade Federal de Uberlândia -UFU e doutoranda em Artes da Cena pela UFMG. Sua prática é um caminho não-linear que usa a corpa como suporte para denunciar o memoricídio, “se- acontece” em diferentes plataformas artísticas para resgatar memórias originárias e recontar memorias nativas que foram apagadas devido ao etnocídio aos povos kariri.
O I Festival Ceará Voador foi apoiado pela Lei Complementar 195/2022 – Lei Paulo Gustavo, por meio da Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza. E conta também com patrocínio da ESPAÇOPROJETOS e com a parceria do Instituto Dragão do Mar, do Atelier Rural e da Editora Substânsia.
Fonte e fotos: Assessoria